domingo, 20 de março de 2011

A gente realmente come transgênico sem saber???


Recebi e-mail com esta informação. É meu dever socializar como cidadão e ao mesmo tempo destino o espaço no mínimo igual para quem se sinta prejudicado poder efetuar sua contra-informação e quem souber de mais informes neste sentido queira socializar conosco.
Eis a íntegra do e-mail.
Empresas alimentícias serão processadas por 'esconderem' transgênicos - Tereza Rodrigues - Estado de Minas - Publicação(texto e imagem): 17/03/2011 07:27 Atualização: 17/03/2011 07:58


Testes mostraram que, em dez produtos, substâncias transgênicas no milho e na soja foram usadas como ingredientes em quantidade superior a 1%.
Em iniciativa inédita, o Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC) do Ministério da Justiça decidiu que dez fabricantes de alimentos, entre elas Nestlé, Kraft Foods e Pepsico, responderão a processos administrativos por descumprir regras de rotulagem em produtos com ingredientes transgênicos. A fiscalização foi feita em parceria com Procons estaduais e testes foram realizados em laboratórios credenciados pelo Ministério da Agricultura.
Os processos foram instaurados com base no descumprimento do Código de Defesa do Consumidor e do decreto no 4.680/2003, que estabelece a obrigatoriedade de informar no rótulo do produto a presença de organismos geneticamente modificados (OGMs) em quantidade superior a 1%. “O Código de Defesa do Consumidor há vinte e um anos estabelece que a informação é um direito básico do consumidor e uma obrigação do fornecedor. Ela assegura a transparência nas relações de consumo e garante ao consumidor o exercício pleno de escolha”, afirmou, em nota, a diretora do DPDC, Juliana Pereira.
Testes mostraram que, em dez produtos, substâncias transgênicas no milho e na soja foram usadas como ingredientes em quantidade superior a 1% . São eles: biscoito recheado Trakinas (fabricado pela Kraft Foods), biscoito Bono sabor morango (Nestlé), Baconzitos Elma Chips (Pepsico do Brasil), barras de cereais Nutry (Nutrimental), bolinho Ana Maria Tradicional sabor chocolate (Bimbo do Brasil), biscoito recheado Tortinha de chocolate com cereja (Adria Alimentos do Brasil), farinha de milho Fubá Mimoso (Alimentos Zaeli), biscoito de morango Tortini (Bangley do Brasil Alimentos), mistura para bolo sabor côco Dona Benta (J. Macedo) e mistura para panquecas Salgatta (Oetker).
As empresas responsáveis pelos produtos terão 15 dias para apresentar defesa. A reportagem tentou contato com as companhias, mas poucas responderam. A Pepsico do Brasil informou que não foi notificada formalmente e “não obteve acesso ao processo e às análises que teriam sido realizadas”. Por meio de sua assessoria de imprensa, a Bimbo do Brasil informou que respeita a legislação vigente e “possui uma rigorosa política de qualidade, segurança alimentar, respeito ao consumidor”, e que aguarda contato do órgão público fiscalizador para se manifestar em definitivo.

Um comentário:

  1. Aos leitores.

    Efetivamente os brasileiros consomem alimentos que contem produtos trangênicos sem que o saibam. Isso porque se a fração destes produtos no alimento for menor que 1% não é necessário rotular o alimento como "contendo transgênico".
    O que está mudando neste cenário é a indisponibilidade de soja e brevemente também milho convencionais (isto é, não transgênicos). Hoje 95% da soja brasileira é transgênica e 75% do milho. Assim, alimentos cuja composição inclui uma fração elevada de proteína de soja ou de milho fatalmente terão mais de 1% de produto transgênico. Brevemente, portanto, a maior parte destes alimentos terá no rótulo a indicação de que contém um produto transgênico.
    O importante aqui é meditar sobre a segurança alimentar destes produtos, quer in natura, quer na composição de alimentos industriais. Ora, a CTNBio fez uma longa e minuciosa análise da segurança alimentar de todos os produtos geneticamente modificados (transgênicos) liberados por ela. Todos foram considerados seguros. Portanto, a rotulagem não visa proteger a saúde dos brasileiros, mas apenas o direito de escolha da população: se você não come alimentos que contem produtos transgênicos é uma decisão sua, mas saiba que são tão seguros quanto seus equivalentes convencionais (ao menos na opinião da maioria dos cientistas e técnicos e à luz da experiência com estes produtos por mais de 10 anos). Mais importante do que excluir os transgênicos de sua alimentação é excluir gorduras trans, corantes alergênicos, álcool e muitos outros produtos que são parte integrante da má dieta do brasileiro. Boa refeição!

    Paulo Andrade (andrade@ufpe.br)

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