quinta-feira, 1 de abril de 2010

Não temos tempo!

Não temos tempo!

Recebi, de um professor de escola pública, essa sugestão de leitura que foi publicada no jornal o povo na coluna opinião com título "A má educação". Li e fiz um comentário o qual até o presente momento não o vi publicado.
Por via das dúvidas transcrevo aqui a íntegra do artigo com a devida fonte bem como meu o comentário ali postado.

A má educação
Martha Vecchia
01 Abr 2010 - 05h41min
Em 2009, 12 professores e três gestores com vencimentos entre três e oito salários mínimos, além de alimentação inclusa, foram designados a instruir e formar 180 estudantes na 1ª série do ensino médio profissionalizante. Todavia, encerramos o ano letivo com 53 alunos transferidos, 77 em recuperação final e 39 alunos reprovados. Este resultado torna-se ainda mais absurdo por se tratar de uma escola profissional com horário integral.

Brincando um pouco com a matemática: foram 10h por dia, 50h por semana, 250h por mês, 2.500h no ano com quatro turmas de 45 alunos, o que daria 15 alunos para cada professor atender durante todo esse tempo. O que foi feito? Ou melhor, o que não foi feito? É certo que projeto algum, por melhor que ele seja - como é caso das escolas profissionais (CE), ou dos Cieps (RJ), ou dos Ceus (SP) -, sobrevive sem que haja minimamente um bom senso organizacional que fomente e promova a crítica ou avaliação de conceitos e metodologia empregados.

O que isso significa?
Voltemos para os números: na escola profissional o aluno passa 7h30min por dia em sala de aula, são nove aulas de 50 minutos por dia ou 2.250 aulas por ano, mais que o dobro previsto pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional que estabelece o mínimo de 960 aulas anuais para aprender a aprender. Então por que 77 alunos não aprenderam, 39 repetiram e 53 desistiram?

Sendo a escola profissionalizante um espaço ideal para a realização de uma pedagogia de projetos, elaborei e apresentei o JT (Juarez Távora) Repórter, um sistema de avaliação e recuperação de aprendizagem paralela, uma proposta de formação continuada de professores e gestores, além da proposta A Família na Escola que não puderam ser realizados. Por que?

Ironicamente o que mais se escuta entre todos os segmentos dessa nova escola é: não temos tempo! Em recente artigo publicado nesse jornal o deputado estadual Artur Bruno reivindicava mais educação. Vale dizer que: em 2008 foram criadas as primeiras 25 escolas de educação profissional.

Enquanto não houver estratégias didático-pedagógicas e administrativas para essa nova escola que visem uma melhor educação não continuaremos perpetuando esses resultados?

Martha Vecchia - Professora de Filosofia e Sociologia da Escola
Juarez Távora
Fonte: http://opovo.uol.com.br/opovo/opiniao/968130.html/01/04/2010/09:25

MEU COMENTÁRIO
É importante que os marqueteiros tenham a lembrança que as máscaras (maquiagens) não ficam para sempre.
- A segurança não se segura.
- A saúde a cada pulso mais agonizante.
- A educação cada dia mais ignorante.
- O ensino noturno em falência.
- O transporte público é um metrô que só transporta dinheiro dos cofres públicos para os empreiteiros.
- As obras urbanas feitas com argamassa da marca sorrisal. "Não pode ver água".

No entanto os marqueteiros remendam, elaboram uma musiquinha e um curta e fica tudo as mil maravilhas.

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